Alzheimer
O Alzheimer é responsável por 50% a 80% dos 44 milhões dos casos de demência no mundo segundo o Ministério da Saúde. A doença afeta as funções do cérebro, causando perda de memória e problemas de pensamento e comportamento. Atinge os idosos principalmente e os sintomas não são muito nítidos no início, parecendo simples esquecimentos. Veja, a seguir, quais são os fatores que aumentam o risco de se desenvolver Alzheimer, o que a doença causa, como preveni-la e os tratamentos que existem.
Fatores de risco de Alzheimer
As causas da doença não são conhecidas ainda. Porém, existem alguns fatores de risco de Alzheimer, veja quais são:
Fatores controláveis
- Doença cardiovascular – a saúde do cérebro está ligada ao bom funcionamento do coração. Então, causas de doenças cardiovasculares, como obesidade, tabagismo, diabetes, colesterol alto e pressão alta, podem estar relacionadas com o maior risco de desenvolver Alzheimer.
Fatores não controláveis
- Idade - a doença atinge mais as pessoas a partir dos 65 anos. No entanto, também pode aparecer em jovens, cerca de 5% dos portadores tiveram Alzheimer precocemente.
- Histórico familiar – casos na família, principalmente em parentes de primeiro grau, aumentam o risco da doença.
- Deficiência cognitiva leve – como afeta a capacidade de pensar e pode causar problemas de memória, a pessoa com o problema tem mais chance de desenvolver Alzheimer.
- Traumatismo craniano – pancadas na cabeça ou ferimentos no crânio que causam amnésia ou perda de consciência por mais de 30 minutos aumentam o risco do Alzheimer.
Sinais e sintomas do Alzheimer
É natural ter dificuldade para fazer algumas tarefas conforme envelhecemos. Porém, os sinais e sintomas de Alzheimer vão além disso e interferem bastante na rotina, veja alguns deles:
- Perda de memória, da noção de tempo e de espaço;
- Problema para se comunicar, dormir e completar tarefas habituais;
- Dificuldade para resolver problemas e se locomover;
- Mudanças de humor ou personalidade;
- Agitação e/ ou agressividade;
- Afastamento da família e dos amigos;
- Confusão mental em relação a locais, pessoas e eventos;
- Alterações na visão.
Ter um ou mais dos sinais e sintomas relacionados acima não significa que você tenha Alzheimer. No entanto, procure um médico para fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o caso.
Diagnóstico de Alzheimer
Ainda não existe um exame que comprove, sem sombra de dúvida, o diagnóstico de Alzheimer. O médico precisa fazer uma profunda avaliação a partir dos seguintes aspectos:
- Histórico familiar;
- Testes cognitivos;
- Exames neurológicos, de sangue e de imagens do cérebro.
Ter o diagnóstico de Alzheimer no início da doença aumenta as chances de tratamentos para melhorar a qualidade de vida e se planejar financeira e legalmente para evitar problemas futuros.
Prevenção de Alzheimer
Não existe prevenção de Alzheimer. Mas, algumas medidas para manter a saúde mental, como adotar um estilo de vida saudável, podem diminuir o risco ou retardar a evolução:
- Estimular o pensamento, ou seja, a atividade cerebral, com leitura e palavras cruzadas por exemplo;
- Praticar exercício físico regularmente;
- Ter uma boa alimentação;
- Dormir bem;
- Ter momentos de lazer;
- Evitar fumar e consumir bebida alcoólica.
Tratamento de Alzheimer
Apesar da doença não ter cura, o tratamento de Alzheimer com medicamentos pode amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Já o tratamento psicossocial ajuda o paciente, familiares e cuidadores a enfrentar a nova realidade imposta pela doença.
Tratamento com medicamentos – existem duas classes de medicamento para aumentar os neurotransmissores do cérebro, que são responsáveis por enviar informações para outras células:
- Acetilcolina – para o tratamento de Alzheimer inicial e intermediário.
- Glutamato – para o tratamento de Alzheimer intermediário e avançado.
Tratamento psicossocial – é importante que a família receba suporte com informações sobre a natureza e o avanço da doença, como lidar com comportamentos atípicos ou até agressivos e adaptações na casa para facilitar o dia a dia. Ter o acompanhamento de profissionais que ajudem na reabilitação, como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo, também pode tornar o tratamento mais completo e eficaz.
Referências
- https://www.alz.org/br/demencia-alzheimer-brasil.asp - acessado em 18/07/2019
- http://abraz.org.br/web/sobre-alzheimer/tratamento/ - acessado em 18/07/2019
- http://www.brasil.gov.br/editoria/saude/2012/04/mal-de-alzheimer - acessado em 18/07/2019
- http://www.cadastro.abneuro.org/site/publico_alzheimer.asp - acessado em 18/07/2019
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600003 - acessado em 18/07/2019
PP-PFE-BRA-2118